quarta-feira, 23 de março de 2011

E se de repente caíssemos no século XV... [da Marisa]

Eu e a minha turma estávamos a ter uma aula de História e Geografia de Portugal com o professor Luís Rêpas, sobre o século XV. Estive a imaginar como seria se fôssemos nós (a minha turma, eu e o professor) a viver nesse século. Imaginei, imaginei, imaginei, até que consegui chegar a algum lado.
Então foi assim. Caímos dentro de um castelo, num enorme salão. Olhámos à nossa volta e vimos, ao fundo, uma tela pintada que, em baixo, tinha um letreiro que dizia: “Edmund of Langley – 1.º Duque de York”. Ele era inglês, de Inglaterra. Depois dessa descoberta, silenciosamente, abrimos a porta e saímos desse salão. Encontrámo-nos num enorme corredor, com um compridíssimo tapete vermelho e dourado. Nas paredes, uns quadros e uns espelhos com as molduras revestidas a ouro. Não estava ninguém no corredor. De seguida passámos para uma linda varanda. Estávamos em Kings Langley, no verdejante condado de Hertfordshire. Encontrámos então uma pessoa, o próprio Edmund of Langley. Cumprimentámo-lo e apresentámo-nos. Olhámo-lo de alto a baixo, estranhando as suas vestes. Perguntámos-lhe se estaríamos no século XV e ele disse que sim.
– Como é que viemos aqui parar? – perguntou a Rita.
– Eu não sei, mas vamos aproveitar este dia porque é o meu aniversário e assim já posso dizer que fiz anos em 1402 – respondi eu.
– Também acho – respondeu a Beatriz.
Íamos todos em direcção do salão, mas, mal virámos as costas, ouvimos um barulho estranho. Era Edmund of Langley. Estava a morrer. Tocámos rapidamente o sino e vieram cinco homens buscá-lo, mas já era tarde demais. Tinha falecido. Estávamos no dia 1 de Agosto de 1402 e Edmund of Langley contava sesenta e um anos de idade.
– Lamentamos muito a morte de Edmund of Langley – suspirou o professor Luís Rêpas junto dos seus familiares.
Sepultaram o corpo de Edmund of Langley no cemitério. Atirámos flores.
No fim do funeral, para afastarmos a tristeza, pedimos para usar o salão. Eles deixaram. Começámos a colocar a comida em cima das mesas, depois as decorações e, por fim, arranjámos músicos. Dançámos, comemos e divertimo-nos a valer. Mas quando ouvi arrastar as cadeiras reparei que era para sair da aula. E assim acaba a minha imaginação, por hoje.

Marisa Esteves, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

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