– Mas que susto que me pregastes. Que fazeis aqui? – questionou Pedro Álvares Cabral com voz grossa.
– Desculpe – respondeu o Ricardo, atemorizado –, não foi com intenção. Na realidade nós também não queríamos estar aqui. Viemos parar aqui por causa de uma máquina estúpida.
Enquanto o Ricardo e o João acabavam de explicar o que se tinha passado, o professor e a professora estavam a tentar vir para a «nossa» nau.
– Olhe, desculpe, podia aproximar mais um pouco a nau para junto da nau de Pedro Álvares Cabral, para nós podermos passar para ela? – perguntava a professora Susana Pinto.
– Com certeza menina! – respondeu o marinheiro com voz espessa. A nau aproximou-se e o professor foi o primeiro a saltar para a nau do capitão. Assim que se encontrou do nosso lado, virou-se e ajudou a professora. Como sabem, o professor é um grande cavalheiro.
Como Pedro Álvares Cabral nos achou muito úteis, pôs-nos todos a trabalhar, incluindo os professores, mas para eles os trabalhos eram mais árduos, pois eles eram adultos.
No dia seguinte, pela manhãzinha, esgueirámo-nos silenciosamente e lá estávamos todos, de novo, a carregar nos botões.
(continua)
Ana Sousa, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
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