quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Sereia do Jorge

Estava eu sentado na beira de uma pedra quando ouvi alguém chorar num barco, um pouco distante de mim. Eu queria ir ver quem é que estava aflito, mas o pior é que não tinha barco para lá ir. Pensei, então, alto: “Bem, se eu não tenho um barco, tenho de nadar, mas está tanto frio que nem me apetece tirar a roupa...”. Cheguei-me perto da água para ver se ela estava quente, mas toquei-lhe e até cortava.
Depois voltei a pensar: “Se alguém tivesse um barco...”. Não foi preciso procurar muito. Encontrei uma pessoa e pedi-lhe se me podia emprestar o barco para ir salvar alguém que estava aflito. Ele disse-me que podia utilizar o barco, mas que tinha de ter cuidado.
Cheguei ao lugar, olhei para dentro do barco que andava à deriva e reparei que era uma sereia. Então perguntei-lhe muito preocupado:
– Vossemecê está bem?
– Estou ferida na minha cauda.
– Vou levá-la para terra – disse eu.
Consegui curá-la e levei-a para a terra dela.
– Obrigada por me teres curado.
– De nada. Queres seres minha amiga? – perguntei-lhe.
– Sim. E assim podemo-nos ver todos os dias.
E a partir desse dia ficámos a ser amigos.

Jorge Moinho, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

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