domingo, 9 de maio de 2010

Se a Marisa fosse da nobreza

Eu, se fosse da nobreza, tinha uma vida privilegiada. Não precisava de trabalhar para sobreviver. Apenas exercitava a actividade física e militar. Nós, os nobres, vivíamos nos domínios senhoriais, assim chamados porque eram grandes terras que lhes tinham sido doadas pelos reis, nas quais trabalhavam muitos camponeses livres e servos. Os senhores nobres moravam em grandes casas ou em castelos. A divisão mais importante das casas senhoriais era o salão, onde o senhor recebia os seus convidados e hóspedes e tomava as refeições com a família. Estas casas tinham poucas peças de mobiliário – camas, arcas e algumas cadeiras eram suficientes. As mesas eram muitas vezes de desmontar para poderem ser transportadas para outras divisões ou para outras casas, pois nessa época era habitual os nobres deslocarem-se pelas suas propriedades. Para tornar as paredes de pedra menos frias, eram pendurados tecidos e tapeçarias e colocados no chão tapetes e almofadas. Os nobres comiam carne, peixe e marisco em grandes quantidades, sempre acompanhados de pão e de vinho. Comiam ainda queijo e doces feitos com mel. Para além das corridas a cavalo, dos torneios e da caça, organizavam grandes festas com músicos, bailarinas, trovadores e saltimbancos. Nestas festas cantavam, dançavam e comiam com fartura. Homens e mulheres vestiam os seus melhores fatos de tecidos, ricos e coloridos, e usavam as melhores jóias. Os serões eram passados com a família e com os hóspedes, que eram frequentes nessa época. Divertiam-se com jogos de salão, como o xadrez (cujas peças representam a importância de cada grupo social), as damas, as cartas e os dados. Por vezes os camponeses participavam em algumas festas organizadas pelos nobres, como torneios, casamentos e outras comemorações.

Marisa Esteves, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

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