sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E se de repente caíssemos no século XV… [1.º episódio]

Aí estávamos nós, a turma do 6.º B, na aula de Matemática, a construir uma máquina do tempo. Dentro da sala de aula estavam dois professores: o professor Luís Rêpas e a professora Susana Pinto.
Eram precisamente nove horas da manhã e a máquina estava quase pronta. De repente um colega encostou-se à máquina ligando-a e, como por magia, caímos no século XV. Fomos parar directamente a uma das naus portuguesas que estavam a chegar à Índia. O professor Luís Rêpas, professor de História e Geografia de Portugal, com um pouco de medo, aproximou-se do capitão e perguntou o seguinte:
– Desculpe, podia ajudar-nos?
– Quem é o senhor? E o que está aqui a fazer? – perguntou o capitão com uma voz forte.
– Somos viajantes do futuro e parámos aqui sem querer – respondeu o professor.
– O quê?! Viajantes do futuro? O senhor e mais quantos? – questionou o capitão com os olhos arregalados.
– Eu e mais vinte e um… – disse o professor com receio.
O capitão ficou admirado, desconfiado e também irritado.
O professor, com muita calma, foi explicando o que tinha acontecido. Tudo isto demorou muito tempo, pois a história era demasiado incrível de contar.
Entretanto os alunos, enjoadíssimos, com caras pálidas, vomitavam por todo lado.
– E afinal onde está essa tal máquina? É que uma nau não é um local apropriado para um homem tão fraco, uma mulher e muito menos estas crianças – foi dizendo o capitão cada vez mais irritado com a situação.
O professor tentou mostrar que a nossa presença era importante para a conclusão daquela viagem, pois nós sabíamos tudo o que se iria passar, ou seja, a importância que aquele capitão teria na história mundial. Nada disso foi suficiente para o convencer, o capitão era um homem demasiado orgulhoso para aceitar conselhos de umas pessoas tão estranhas.
– Têm um dia para saírem da minha nau! – gritou o capitão. E de cabeça levantada saiu do convés.
Perante esta ordem todos começaram a carregar nos botões da máquina do tempo para regressar ao presente. A máquina ligou-se de repente e todos pensaram que estavam de volta, mas quando a máquina parou, rapidamente nos apercebemos que tínhamos ido parar ao sítio errado...

Ricardo Costa, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

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