Rui Miranda, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Um cristal azul
Eu estava na praia, todo descansado, a apreciar o calor do Verão, até que vi alguma coisa lá ao fundo que parecia uma mulher. De repente, escondeu-se e só voltei a ver a cauda de um peixe e fiquei confuso. Perguntei-me: “Afinal, é um peixe ou uma mulher?”. Fui lá ter e fiquei tão, mas tão pasmado, era uma sereia magoada. Deixei-a um bocadinho e fui a casa buscar os primeiros-socorros, mas virei a casa do avesso só para os encontrar. Fui a correr e quase caía. Quando cheguei, a sereia já não estava lá. Vi-a em cima de uma rocha, bonita como uma estrela. Fui lá à rocha e estive a curá-la e ela disse para ir buscar um búzio. Quando vim pegou no búzio, soprou e vieram outras sereias que me deram um cristal azul.
Se fossemos nobres e vivêssemos na Idade Média
Nós, como nobres, temos uma vida privilegiada, não temos de pagar impostos ao rei nem a nenhum senhorio, nem trabalhar como o povo.
Dedicamo-nos apenas a actividades físicas e militares, à administração das nossas extensas propriedades (cobrar rendas, garantir a paz e aplicar a justiça) e ao lazer.
Para além das terras que herdámos dos nossos pais, temos terras doadas pelo rei e somos nós que as governamos na condição de combater ao lado do rei e de participar nas suas cortes.
Não somos nós que cuidamos dessas terras, mas sim os camponeses, nossos servos, que todos os anos têm de nos pagar as rendas. Também têm de pagar para usar o moinho, o lagar, o forno e outros equipamentos que existem no nosso domínio senhorial.
Nós vivemos em grandes paços ou castelos e a nossa divisão mais importante é o salão, onde recebemos os nossos convidados e hóspedes e também onde almoçamos. Por vezes temos mesas de desmontar para poderem ser transportadas para outras divisões ou para outras casas. Os nossos divertimentos são as corridas a cavalo, as justas e os torneios, a caça e os jogos de salão, sobretudo o xadrez.
E é assim a nossa vida de nobres… sem preocupações.
Para além das terras que herdámos dos nossos pais, temos terras doadas pelo rei e somos nós que as governamos na condição de combater ao lado do rei e de participar nas suas cortes.
Não somos nós que cuidamos dessas terras, mas sim os camponeses, nossos servos, que todos os anos têm de nos pagar as rendas. Também têm de pagar para usar o moinho, o lagar, o forno e outros equipamentos que existem no nosso domínio senhorial.
Nós vivemos em grandes paços ou castelos e a nossa divisão mais importante é o salão, onde recebemos os nossos convidados e hóspedes e também onde almoçamos. Por vezes temos mesas de desmontar para poderem ser transportadas para outras divisões ou para outras casas. Os nossos divertimentos são as corridas a cavalo, as justas e os torneios, a caça e os jogos de salão, sobretudo o xadrez.
E é assim a nossa vida de nobres… sem preocupações.
Miguel Amorim e Ulisses Araújo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
A Sereia do Diogo
Estava eu na praia, sentado numa rocha, até que ouvi alguém gritar.
– Socorro! Ajudem-me!
Então lá fui eu ver o que tinha acontecido. Nesse momento vi uma sereia tão bonita como um colar de jóias. Fui lá ao pé dela e ela estava coberta de rochas; fui ajudá-la a sair dali.
Perguntei-lhe:
– Como te chamas?
– Chamo-me Sereia do Mar! – respondeu ela.
– E tu, como te chamas? – perguntou-me. E eu respondi:
– Chamo-me Diogo, muito prazer em conhecer-te.
Nesse momento “pum”, ouvimos uma âncora a cair no mar, e ela disse:
– Agora tenho de me ir embora. Até amanhã.
– Até amanhã – respondi-lhe.
Na manhã seguinte fui ter com ela e disse:
– Bom dia sereia.
– Bom dia – respondeu ela.
– Estive a pensar se haverá alguma hipótese de arranjares uma poção para te transformares em humana? – perguntei-lhe.
– Vou tentar! – respondeu ela muito, mas muito alegre.
Então ela conseguiu a poção e nós fomos os dois para minha casa e ficámos amigos para sempre.
– Socorro! Ajudem-me!
Então lá fui eu ver o que tinha acontecido. Nesse momento vi uma sereia tão bonita como um colar de jóias. Fui lá ao pé dela e ela estava coberta de rochas; fui ajudá-la a sair dali.
Perguntei-lhe:
– Como te chamas?
– Chamo-me Sereia do Mar! – respondeu ela.
– E tu, como te chamas? – perguntou-me. E eu respondi:
– Chamo-me Diogo, muito prazer em conhecer-te.
Nesse momento “pum”, ouvimos uma âncora a cair no mar, e ela disse:
– Agora tenho de me ir embora. Até amanhã.
– Até amanhã – respondi-lhe.
Na manhã seguinte fui ter com ela e disse:
– Bom dia sereia.
– Bom dia – respondeu ela.
– Estive a pensar se haverá alguma hipótese de arranjares uma poção para te transformares em humana? – perguntei-lhe.
– Vou tentar! – respondeu ela muito, mas muito alegre.
Então ela conseguiu a poção e nós fomos os dois para minha casa e ficámos amigos para sempre.
Diogo Brás, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
Se o João fosse nobre e vivesse na Idade Média
Se eu fosse um nobre lutaria ao lado do meu rei, prestaria auxílio militar e iria às suas cortes. Se lutasse bem e se o exército do rei vencesse a batalha, ele doar-me-ia um condado e ainda me daria a sua filha em casamento, se tivesse uma filha…
Seria dono de um castelo, o castelo Castelão que ficaria no meio da floresta Florentina. No salão daria grandes festas para as quais convidaria sempre o povo, o meu rei, o conde de Ourém (o Condestável Nuno Álvares Pereira), os senhores de Lanhoso e de Porto de Mós e mais um ou dois nobres. Ajudaria o povo sempre que ele precisasse. Baixaria os impostos e haveria protecção 24 horas por dia, construiria escolas públicas com sete salas coloridas. O refeitório teria boas condições, os pratos e os talheres seriam limpos todos os dias, a comida seria nutritiva e cheia de vitaminas.
Também construiria um mosteiro idêntico ao de Alcobaça. Proibiria a guerra no meu condado porque gostaria que o meu povo fosse pacífico.
E assim seria a minha vida de nobre.
Seria dono de um castelo, o castelo Castelão que ficaria no meio da floresta Florentina. No salão daria grandes festas para as quais convidaria sempre o povo, o meu rei, o conde de Ourém (o Condestável Nuno Álvares Pereira), os senhores de Lanhoso e de Porto de Mós e mais um ou dois nobres. Ajudaria o povo sempre que ele precisasse. Baixaria os impostos e haveria protecção 24 horas por dia, construiria escolas públicas com sete salas coloridas. O refeitório teria boas condições, os pratos e os talheres seriam limpos todos os dias, a comida seria nutritiva e cheia de vitaminas.
Também construiria um mosteiro idêntico ao de Alcobaça. Proibiria a guerra no meu condado porque gostaria que o meu povo fosse pacífico.
E assim seria a minha vida de nobre.
João Fão, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
terça-feira, 27 de abril de 2010
Comemorámos o 25 de Abril na nossa escola
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Se o José Araújo fosse nobre e vivesse na Idade Média
Se eu fosse um nobre e vivesse na Idade Média, provavelmente, nesta altura, andaria na guerra. Ajudaria as famílias mais necessitadas, prestaria apoio militar ao rei sempre que ele me chamasse e casaria com uma dama espanhola (castelhana). Quando tivesse uma idade avançada pediria aos monges para rezarem 10 missas pela minha alma e dar-lhes-ia quatro propriedades em que viviam muitas famílias de camponeses.
José Araújo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
Se o José Diogo fosse nobre e vivesse na Idade Média
Se eu fosse um nobre na Idade Média combateria e defenderia o meu povo e, em troca, receberia terras do rei. O que eu mais gostaria de fazer nos meus tempos livres seriam corridas a cavalo e torneios. A minha alimentação seria variada: carne, peixe, marisco, queijo e doces feitos de mel. Teria uma vida muito boa, em comparação à do povo. A minha casa seria muito grande e, no salão, a divisão mais importante da casa, realizaria muitas festas, nas quais os meus convidados cantariam, dançariam e comeriam com fartura, ao som de jograis* e trovadores**.
José Diogo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
* jogral – indivíduo que tocava vários instrumentos e cantava versos seus ou alheios.
** trovador – nome dado aos poetas na Idade Média.
Se eu fosse nobre e vivesse na Idade Média
Na Idade Média, toda a população devia ao rei fidelidade, obediência e auxílio.
Eu, como nobre, tinha de estar preparado para combater ao serviço do meu rei e para proteger o meu reino, militarmente. Por isso, em altura de paz praticava a caça e a equitação, participava em justas e torneios, treinava a esgrima e realizava exercícios físicos. Tudo isto fazia de mim um guerreiro forte e imbatível. É claro que tinha tempo para tudo isto porque tinha uma vida privilegiada em relação ao outro grupo social, o povo.
O rei, em troca do meu trabalho militar, dava-me terras (e os seus rendimentos) para eu governar e, muitas vezes, era aí que eu habitava. Recebia os impostos do povo e não pagava impostos.
Eu vivia em castelos ou em grandes casas (paços). Tinha um salão enorme onde recebia os convidados para as festas. As paredes eram decoradas com tecidos e tapeçarias. É claro que, com as rendas que me eram pagas pelo povo, podia ter uma óptima alimentação, variada e abundante: carne, peixe e mariscos, acompanhados com pão e vinho e, no fim, sobremesas com mel… uma delícia! Estes banquetes contrastavam com a alimentação do povo, escassa e pouco variada. Mas era assim naquele tempo…
Nos tempos livres fazia corridas a cavalo, participava em torneios, caçava e também adorava as festas. Havia música, trovas e cantigas, dança, histórias de cavaleiros lendários de reinos distantes, saltimbancos e a comida era uma maravilha. Trajava-me a rigor, com a melhor roupa, e a minha esposa punha as suas jóias, importadas das mais importantes cidades europeias. Por vezes jogávamos xadrez. É um jogo de estratégia, composto por peças que representam a sociedade medieval (o rei, a rainha, o bispo, o cavalo, a torre e os peões), até na ordem da importância de cada peça.
Aquilo é que era viver feliz!
Eu, como nobre, tinha de estar preparado para combater ao serviço do meu rei e para proteger o meu reino, militarmente. Por isso, em altura de paz praticava a caça e a equitação, participava em justas e torneios, treinava a esgrima e realizava exercícios físicos. Tudo isto fazia de mim um guerreiro forte e imbatível. É claro que tinha tempo para tudo isto porque tinha uma vida privilegiada em relação ao outro grupo social, o povo.
O rei, em troca do meu trabalho militar, dava-me terras (e os seus rendimentos) para eu governar e, muitas vezes, era aí que eu habitava. Recebia os impostos do povo e não pagava impostos.
Eu vivia em castelos ou em grandes casas (paços). Tinha um salão enorme onde recebia os convidados para as festas. As paredes eram decoradas com tecidos e tapeçarias. É claro que, com as rendas que me eram pagas pelo povo, podia ter uma óptima alimentação, variada e abundante: carne, peixe e mariscos, acompanhados com pão e vinho e, no fim, sobremesas com mel… uma delícia! Estes banquetes contrastavam com a alimentação do povo, escassa e pouco variada. Mas era assim naquele tempo…
Nos tempos livres fazia corridas a cavalo, participava em torneios, caçava e também adorava as festas. Havia música, trovas e cantigas, dança, histórias de cavaleiros lendários de reinos distantes, saltimbancos e a comida era uma maravilha. Trajava-me a rigor, com a melhor roupa, e a minha esposa punha as suas jóias, importadas das mais importantes cidades europeias. Por vezes jogávamos xadrez. É um jogo de estratégia, composto por peças que representam a sociedade medieval (o rei, a rainha, o bispo, o cavalo, a torre e os peões), até na ordem da importância de cada peça.
Aquilo é que era viver feliz!
Reflexões em torno de uma sereia
Um dia estava eu sozinho na praia, triste, porque a minha bisavó tinha falecido. Era a melhor pessoa do mundo, estava sempre com uma cara sorridente, até parecia um peixe, nunca, nunca parava de sorrir.
Mas há um ano ela adoeceu com a gripe A e a partir daí, como já era uma pessoa de idade, ficou muito doente. Certo dia, de repente, começou a tremer e deu-lhe um AVC.
E assim vim eu triste para esta praia numa solidão tremenda.
Nesse dia, de manhãzinha, vi uma sereia na praia com a sua bela cauda cheia de feridas e os seus braços cobertos de mordidelas; parecia que tinha ido à guerra. E ela começou a murmurar:
– Ajuda-me! Ajuda-me!
E eu gritei:
– Estou a ir!
Agarrei-me a ela e perguntei-lhe o que é que se tinha passado e ela disse que na terra dela, em Springfield, tinha havido uma guerra entre as sereias, lideradas por Neptuno, e os caranguejos, liderados por Pinças IV. Ela também tinha participado; os caranguejos ganharam, ela foi a única a conseguir fugir e o seu povo foi todo preso.
Pediu-me, novamente, para a curar. Então eu chamei o Hélder, a gaivota, para me dar um suco de algas e anémonas que, misturadas, resultam numa poção mágica extremamente forte. Ele entregou-mo e eu dei-o a beber à sereia. Em pouco tempo, as feridas começaram a sarar e ela foi-se embora, mas não sem antes dizer:
– Adeus e obrigada! Tenho de ir libertar o meu povo.
Como tinha sofrido tanto com a morte da minha bisavó, eu não queria deixar morrer outra pessoa… Um dia poderemos ser nós a precisar e, se não somos bons para outros, também ninguém nos ajuda.
Mas há um ano ela adoeceu com a gripe A e a partir daí, como já era uma pessoa de idade, ficou muito doente. Certo dia, de repente, começou a tremer e deu-lhe um AVC.
E assim vim eu triste para esta praia numa solidão tremenda.
Nesse dia, de manhãzinha, vi uma sereia na praia com a sua bela cauda cheia de feridas e os seus braços cobertos de mordidelas; parecia que tinha ido à guerra. E ela começou a murmurar:
– Ajuda-me! Ajuda-me!
E eu gritei:
– Estou a ir!
Agarrei-me a ela e perguntei-lhe o que é que se tinha passado e ela disse que na terra dela, em Springfield, tinha havido uma guerra entre as sereias, lideradas por Neptuno, e os caranguejos, liderados por Pinças IV. Ela também tinha participado; os caranguejos ganharam, ela foi a única a conseguir fugir e o seu povo foi todo preso.
Pediu-me, novamente, para a curar. Então eu chamei o Hélder, a gaivota, para me dar um suco de algas e anémonas que, misturadas, resultam numa poção mágica extremamente forte. Ele entregou-mo e eu dei-o a beber à sereia. Em pouco tempo, as feridas começaram a sarar e ela foi-se embora, mas não sem antes dizer:
– Adeus e obrigada! Tenho de ir libertar o meu povo.
Como tinha sofrido tanto com a morte da minha bisavó, eu não queria deixar morrer outra pessoa… Um dia poderemos ser nós a precisar e, se não somos bons para outros, também ninguém nos ajuda.
Ulisses Araújo, 5.º B (Escola Básica de Vila Praia de Âncora)
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Ida às Dunas
No dia 18 de Fevereiro de 2010 fomos às dunas do Caldeirão com a professora Vera Escaleira e o professor Bruno. O objectivo desta actividade consistia em arrancar o chorão e plantar o estorno, pois o chorão é uma planta tropical, tem uma raiz muito reduzida e cresce muito rapidamente, abafando as outras plantas que seguram as dunas, como por exemplo o estorno.
As dunas são importantes para nós e para os animais e são uma forma natural de nos proteger da subida das águas do mar.
O que nós fizemos foi muito importante para a preservação das dunas, pois as plantas como o chorão não as seguram e elas desabam.
Eu gostei muito de lá ir. Foi uma manhã sem aulas dentro das salas e divertimo-nos ao mesmo tempo que ajudamos o ambiente.
As dunas são importantes para nós e para os animais e são uma forma natural de nos proteger da subida das águas do mar.
O que nós fizemos foi muito importante para a preservação das dunas, pois as plantas como o chorão não as seguram e elas desabam.
Eu gostei muito de lá ir. Foi uma manhã sem aulas dentro das salas e divertimo-nos ao mesmo tempo que ajudamos o ambiente.
Ulisses Araújo, 5ºB (Escola Básica de Vila Praia de Âncora)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Cravos de Abril em Vila Praia de Âncora
Fomos às dunas...
No dia 20 de Abril voltámos a ir às dunas do Caldeirão, com os professores Luís Rêpas e Armando Dantas. O objectivo da visita era estudar a flora e a fauna existentes nas dunas, com a parceria da equipa da FAPAS. Além disso, pretendíamos monitorizar o desenvolvimento da plantação do estorno feita no dia 18 de Fevereiro. Quando lá chegámos, observámos e identificámos algumas plantas e animais que estavam num metro quadrado de duna. Entre as plantas identificadas destacam-se o lírio-da-praia, a erva-pinchoneira, a perpétua das areias e a madorneira. Também tivemos oportunidade de observar alguns animais, como a aranha, a formiga, o escaravelho e caracóis.
Alunos do 5.º B (Escola Básica de Vila Praia de Âncora)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Abril está a chegar...
«Grândola, Vila Morena» foi posta a tocar no programa «Limite», da Rádio Renascença, quando passavam poucos minutos da meia-noite do dia 25 de Abril. Nos quartéis, quando essa canção foi ouvida através da rádio, estava dado o sinal de que as tropas podiam sair para as ruas e podiam ocupar posições fundamentais para que o levantamento militar triunfasse.
José Jorge Letria, O 25 de Abril contado às crianças e aos outros, 6.ª edição, Lisboa, Terramar, 1999, p. 33.
terça-feira, 20 de abril de 2010
O tratamento
Eu estava sentada na areia fina da praia. De repente vi uma sereia, um pouco magoada. Ela nadou, com dificuldade, até à minha beira e pediu-me ajuda. Era linda! A cauda dela era brilhante como diamantes. A barbatana caudal é que tinha uma ferida. A sereia perguntou-me:
– Ajudas-me? Dói-me muito!
Eu não podia dizer que não a uma sereia tão bonita. Então respondi-lhe:
– Claro que ajudo!
Lá fui eu observar a ferida que ela tinha feito. Não era muito profunda. Disse- -lhe para esperar só um minutinho e fui à beira-mar buscar três algas e uma concha grande, profunda e larga. Com a concha, eu dirigi-me ao oceano e enchi-a até transbordar. Arranjei o material para a “operação”. Comecei por colocar as três algas em cima da ferida e deitei metade da água que tinha na concha sobre as três algas. Dali a quarenta segundos peguei na concha e deitei o resto da água pelo corpo todo dela e ela disse satisfeita:
– Esta água é tão fresquinha!
Eu exclamei:
– Estou muito feliz por te ajudar!
– Obrigada! – agradeceu ela.
Depois de passar mais cinquenta segundos, a ferida dela tinha desaparecido e transformou-se num grupo de escamas.
– Estou curada! Graças a ti posso voltar a nadar! Obrigada, muito obrigada! – disse a sereia, muito alegre.
– De nada! – respondi-lhe.
Lá foi a sereia para a casa dela, que fica no fundo do oceano, e eu fui para a minha. Nunca mais esqueci aquele dia.
Quando ajudamos os outros, eles ficam contentes, mas, além disso, nós ficamos ainda mais.
– Ajudas-me? Dói-me muito!
Eu não podia dizer que não a uma sereia tão bonita. Então respondi-lhe:
– Claro que ajudo!
Lá fui eu observar a ferida que ela tinha feito. Não era muito profunda. Disse- -lhe para esperar só um minutinho e fui à beira-mar buscar três algas e uma concha grande, profunda e larga. Com a concha, eu dirigi-me ao oceano e enchi-a até transbordar. Arranjei o material para a “operação”. Comecei por colocar as três algas em cima da ferida e deitei metade da água que tinha na concha sobre as três algas. Dali a quarenta segundos peguei na concha e deitei o resto da água pelo corpo todo dela e ela disse satisfeita:
– Esta água é tão fresquinha!
Eu exclamei:
– Estou muito feliz por te ajudar!
– Obrigada! – agradeceu ela.
Depois de passar mais cinquenta segundos, a ferida dela tinha desaparecido e transformou-se num grupo de escamas.
– Estou curada! Graças a ti posso voltar a nadar! Obrigada, muito obrigada! – disse a sereia, muito alegre.
– De nada! – respondi-lhe.
Lá foi a sereia para a casa dela, que fica no fundo do oceano, e eu fui para a minha. Nunca mais esqueci aquele dia.
Quando ajudamos os outros, eles ficam contentes, mas, além disso, nós ficamos ainda mais.
Marisa Esteves, 5.ºB (E.B. de Vila Praia de Âncora)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A Sereia II
Estava eu sozinha na praia, a pensar na minha vida, até que apareceu uma sereia. Era linda, de olhos azuis, com cabelos castanhos e era alta como uma torre.
– Ajudem-me, ajudem-me!
Eu ouvi aquilo e assustei-me.
– Tenho de a ajudar – disse eu –, mas como?
– Ajudem-me, ajudem-me! – insistia a sereia.
– Ai, ai! Devo chamar alguém – disse eu.
E a sereia gritava:
– Não consigo ficar aqui parada.
Despi-me, entrei na água e salvei-a. Levei-a para casa e cuidei dela.
– Estás melhor? – perguntei-lhe com receio.
– Sim, obrigada por me teres salvado.
– Não foi nada.
Então a sereia disse:
– Sabes o meu nome?
– Não – respondi.
– Chamo-me Mariposa.
– Mariposa?! Que nome bonito.
– Olha, bebe isto para ficares igual a mim.
– A sério?! Fico sereia?
– Sim.
Bebi e fomos as duas pelo mar fora com a nossa linda cauda.
– Ajudem-me, ajudem-me!
Eu ouvi aquilo e assustei-me.
– Tenho de a ajudar – disse eu –, mas como?
– Ajudem-me, ajudem-me! – insistia a sereia.
– Ai, ai! Devo chamar alguém – disse eu.
E a sereia gritava:
– Não consigo ficar aqui parada.
Despi-me, entrei na água e salvei-a. Levei-a para casa e cuidei dela.
– Estás melhor? – perguntei-lhe com receio.
– Sim, obrigada por me teres salvado.
– Não foi nada.
Então a sereia disse:
– Sabes o meu nome?
– Não – respondi.
– Chamo-me Mariposa.
– Mariposa?! Que nome bonito.
– Olha, bebe isto para ficares igual a mim.
– A sério?! Fico sereia?
– Sim.
Bebi e fomos as duas pelo mar fora com a nossa linda cauda.
Beatriz Caçador, 5ºB (E.B. de Vila Praia de Âncora)
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A Sophia que eu não conhecia...
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Vamos descobrir uma outra faceta de Sophia, a de alguém que interveio na sociedade, que ergueu e fez ouvir a sua voz, que lutou contra a ditadura, contra o silêncio de alguns e o silenciamento de outros… Este espaço espera pelos vossos textos.
Sophia nasceu no Porto, em 1919. A sua infância e adolescência decorreram entre o Porto e Lisboa. Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco da Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua profissão entre a poesia e a política. Participou na luta contra o regime salazarista e a sua poesia tornou-se a voz da liberdade, especialmente em “O Livro Sexto”. Após o 25 de Abril, foi Deputada à Assembleia Constituinte. Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia-geral da Associação Portuguesa de Escritores.
[...] A sua actividade literária (e política) foi marcada sempre pelas ideias de justiça e liberdade [...].
Sophia nasceu no Porto, em 1919. A sua infância e adolescência decorreram entre o Porto e Lisboa. Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco da Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua profissão entre a poesia e a política. Participou na luta contra o regime salazarista e a sua poesia tornou-se a voz da liberdade, especialmente em “O Livro Sexto”. Após o 25 de Abril, foi Deputada à Assembleia Constituinte. Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia-geral da Associação Portuguesa de Escritores.
[...] A sua actividade literária (e política) foi marcada sempre pelas ideias de justiça e liberdade [...].
José Araújo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
Sophia de Mello Breyner Andersen nasceu no Porto, em 1919. Casou com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares e foram os dois viver para Lisboa. Dedicou grande parte do seu tempo à escrita, poética e narrativa, e às actividades cívicas. Viveu durante o Estado Novo, em plena ditadura salazarista, e não gostava que as pessoas tivessem medo de dizer o que sentiam. Foi por isso que escreveu a obra “O Livro Sexto”.
João Fão, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
[...] Sophia foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos" e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte.
[...] Nós estamos a fazer este trabalho porque esta grande escritora e outros defensores da liberdade lutaram contra a Salazar e a ditadura para conseguir que as crianças que agora vivem possam ter direitos que outras pessoas na altura não tiveram…
Johanna Santos, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
->
«Nunca se esqueçam, foi em Abril…
Foi o dia 25 de Abril de 1974 que permitiu que todos possamos estar aqui nos blogues a dizer o que nos apetece, a publicar comentários e imagens, sem que tenhamos medo.»
Foi o dia 25 de Abril de 1974 que permitiu que todos possamos estar aqui nos blogues a dizer o que nos apetece, a publicar comentários e imagens, sem que tenhamos medo.»
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A sereia e a menina
Era uma vez uma rapariga que estava na praia a olhar, deslumbrada, para o mar quando viu uma coisa linda e brilhante como o sol escaldante de Verão. Estava admirada a olhar para essa coisa linda quando se apercebeu que era uma sereia encantadora. Mas também viu que estava um pouco magoada.
De repente ouviu pedir ajuda.
– Ajudem-me! Ajudem-me! – dizia a sereia a chorar.
A rapariga, apressada, foi ter com ela e trouxe-a para a areia meia acastanhada e quente.
– Ajuda-me, magoei-me quando estava a passear no mar – disse a sereia.
A rapariga, amorosa e com pena da sereia, disse-lhe que a ia ajudar.
– Ok, eu ajudo-te.
A rapariga curou a sereia e depois ajudou-a a voltar para o mar. Quando a rapariga voltou a pôr a sereia na água disse-lhe:
– Amanhã eu volto cá.
– Está bem – disse a sereia.
No dia seguinte a rapariga foi lá, ao mesmo sítio do dia anterior. A sereia demorou-se um pouco, mas sempre apareceu.
– Então, como vais? – perguntou a rapariga alegre.
– Vou bem, vou bem… – respondeu a sereia um pouco triste.
– Queres vir viver comigo num sítio maravilhoso?
– Sim, quero! – respondeu a sereia mais animada.
A rapariga pegou num barco e foram as duas. Quando chegaram a sereia ficou fascinada com tudo aquilo. Era uma aldeia belíssima. Elas ficaram a viver perto do mar para não se afastarem muito uma da outra. Encontravam-se na praia e ficavam a conversar durante horas. E era assim todos os dias de sol.
De repente ouviu pedir ajuda.
– Ajudem-me! Ajudem-me! – dizia a sereia a chorar.
A rapariga, apressada, foi ter com ela e trouxe-a para a areia meia acastanhada e quente.
– Ajuda-me, magoei-me quando estava a passear no mar – disse a sereia.
A rapariga, amorosa e com pena da sereia, disse-lhe que a ia ajudar.
– Ok, eu ajudo-te.
A rapariga curou a sereia e depois ajudou-a a voltar para o mar. Quando a rapariga voltou a pôr a sereia na água disse-lhe:
– Amanhã eu volto cá.
– Está bem – disse a sereia.
No dia seguinte a rapariga foi lá, ao mesmo sítio do dia anterior. A sereia demorou-se um pouco, mas sempre apareceu.
– Então, como vais? – perguntou a rapariga alegre.
– Vou bem, vou bem… – respondeu a sereia um pouco triste.
– Queres vir viver comigo num sítio maravilhoso?
– Sim, quero! – respondeu a sereia mais animada.
A rapariga pegou num barco e foram as duas. Quando chegaram a sereia ficou fascinada com tudo aquilo. Era uma aldeia belíssima. Elas ficaram a viver perto do mar para não se afastarem muito uma da outra. Encontravam-se na praia e ficavam a conversar durante horas. E era assim todos os dias de sol.
Ana Cláudia Lourenço Sousa, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
Será possível?
Um dia estava eu sozinho na praia. E de repente apareceu uma sereia, um pouco magoada, a pedir ajuda. Ela era baixa, tinha cabelos verdes como as algas e uns olhos verdes muito brilhantes, mas apresentava um grande corte na cauda.
– Ajudem-me! – gritava ela desesperada. – Ajudem-me!
– Calma, eu vou tratar de ti – disse eu.
Passado algum tempo tínhamos chegado a minha casa. Bem, era um prédio branco e amarelo, e era muito, muito alto.
Quando lá chegámos ela já não tinha os seus cabelos verdes como as algas e os seus olhos verdes muito brilhantes. Era um ser humano. E eu, muito desconfiado, perguntei:
– O que és tu?
– Eu sou humana fora de água e sereia dentro de água – respondeu ela nervosa.
Algumas horas depois ela estava curada, mas ainda ia demorar algum tempo até ela recuperar completamente.
– Bem, já estás pronta, mas ainda vai demorar uma, duas ou três semanas até poderes voltar a nadar sozinha.
Nessas três semanas tivemos muito tempo para nos conhecermos melhor. Quando passaram as três semanas ela foi-se embora durante a noite. Certa manhã eu acordei e ela já não estava lá. Fiquei então a pensar se, na verdade, não teria sido tudo um sonho...
– Ajudem-me! – gritava ela desesperada. – Ajudem-me!
– Calma, eu vou tratar de ti – disse eu.
Passado algum tempo tínhamos chegado a minha casa. Bem, era um prédio branco e amarelo, e era muito, muito alto.
Quando lá chegámos ela já não tinha os seus cabelos verdes como as algas e os seus olhos verdes muito brilhantes. Era um ser humano. E eu, muito desconfiado, perguntei:
– O que és tu?
– Eu sou humana fora de água e sereia dentro de água – respondeu ela nervosa.
Algumas horas depois ela estava curada, mas ainda ia demorar algum tempo até ela recuperar completamente.
– Bem, já estás pronta, mas ainda vai demorar uma, duas ou três semanas até poderes voltar a nadar sozinha.
Nessas três semanas tivemos muito tempo para nos conhecermos melhor. Quando passaram as três semanas ela foi-se embora durante a noite. Certa manhã eu acordei e ela já não estava lá. Fiquei então a pensar se, na verdade, não teria sido tudo um sonho...
José Diogo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
A Sereia da Johanna
O dia estava radiante, o sol escaldante e eu decidi ir à praia relaxar. Quando a maré começou a subir eu assustei-me porque vi uma coisa que parecia ser uma sereia. Então confirmei que não estava a imaginar, era mesmo uma sereia; tinha o cabelo encaracolado, os olhos roxos e a cauda parecia um arco-íris, pois o seu brilho era intenso. A sereia chegou perto da costa, mas o mar empurrou-a para trás. Quando ela me viu disse:
– Ajuda-me, o mar está a levar-me!
Assim que a ouvi, não pensei duas vezes, atirei-me ao mar gélido e salgado e fui salvá-la. Quando peguei nela, senti a sua mão macia. Trouxe-a para a costa e perguntei-lhe preocupada:
– Estás bem?
– Sim, mas um pouco magoada, o mar empurrou-me e bati contra uma pedra e agora estou assim!
– Espera um pouco, vou buscar uma coisa que te vai curar.
Fui a casa buscar umas algas verdes e um pouco amareladas, porque estavam queimadas do sol, que serviam para curar as pessoas.
Ela agradeceu-me e disse-me adeus porque tinha de ir para junto da sua família.
– Ajuda-me, o mar está a levar-me!
Assim que a ouvi, não pensei duas vezes, atirei-me ao mar gélido e salgado e fui salvá-la. Quando peguei nela, senti a sua mão macia. Trouxe-a para a costa e perguntei-lhe preocupada:
– Estás bem?
– Sim, mas um pouco magoada, o mar empurrou-me e bati contra uma pedra e agora estou assim!
– Espera um pouco, vou buscar uma coisa que te vai curar.
Fui a casa buscar umas algas verdes e um pouco amareladas, porque estavam queimadas do sol, que serviam para curar as pessoas.
Ela agradeceu-me e disse-me adeus porque tinha de ir para junto da sua família.
Johanna dos Santos, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
domingo, 4 de abril de 2010
Um dia estava eu na praia a brincar com a areia, estava a fazer um túnel e debaixo dele construía castelos grandes e lindos. Mas de repente ouvi um ruído:
– Ajudem-me, ajudem-me! – ouvi eu. E fui seguindo a voz para ver se encontrava essa tal pessoa que se tinha magoado. E por fim encontrei-a; estava atrás de uma rocha e, inacreditavelmente, era uma sereia: bonita, com os cabelos longos e louros como um campo de trigo, de olhos azuis e com uma cauda que brilhava à luz do Sol.
Então eu disse que ia chamar alguém, mas ela disse que não, porque não queria que os humanos soubessem que as sereias existem.
– Então vou chamar o Neptuno – sugeri eu.
– Sim, sim – concordou ela, acenando a cabeça.
– Mas como é que o vou chamar? – perguntei.
– Vais buscar o que eu te disser, está bem? – disse a sereia.
– Está bem – respondi.
– Uma panela, sal, óleo, azeite, vinho, uma colher de pau… – disse ela.
E lá fui. Quando cheguei, ela disse-me:
– Junta tudo na panela e mexe com a colher de pau.
– Já está.
Logo de seguida apareceu Neptuno, erguendo-se, altivo, entre as ondas. Não perdi tempo e, esquecendo-me que estava perante um rei, disse-lhe:
– Ajuda a sereia, depressa.
Ele deu-lhe um pó mágico e ela ficou bem num instante.
– Como recompensa por teres ajudado a sereia vais à nossa cidade, a Atlântida – disse Neptuno.
– Mas como vou lá se a cidade fica debaixo de água?! – questionei surpreendido.
– Nós temos aqui um líquido que contém micróbios que te ajudarão a respirar – disse ele.
Quando lá cheguei, vi que a cidade era muito bonita e que a água era límpida.
Assim que cheguei a casa, contei à minha mãe a maravilhosa aventura que tinha vivido e como tinha ficado amigo de todos os habitantes da Atlântida: a sereia, o Neptuno, o polvo, o caranguejo, o peixe…
Quando se ajuda alguém recebe-se uma recompensa.
– Ajudem-me, ajudem-me! – ouvi eu. E fui seguindo a voz para ver se encontrava essa tal pessoa que se tinha magoado. E por fim encontrei-a; estava atrás de uma rocha e, inacreditavelmente, era uma sereia: bonita, com os cabelos longos e louros como um campo de trigo, de olhos azuis e com uma cauda que brilhava à luz do Sol.
Então eu disse que ia chamar alguém, mas ela disse que não, porque não queria que os humanos soubessem que as sereias existem.
– Então vou chamar o Neptuno – sugeri eu.
– Sim, sim – concordou ela, acenando a cabeça.
– Mas como é que o vou chamar? – perguntei.
– Vais buscar o que eu te disser, está bem? – disse a sereia.
– Está bem – respondi.
– Uma panela, sal, óleo, azeite, vinho, uma colher de pau… – disse ela.
E lá fui. Quando cheguei, ela disse-me:
– Junta tudo na panela e mexe com a colher de pau.
– Já está.
Logo de seguida apareceu Neptuno, erguendo-se, altivo, entre as ondas. Não perdi tempo e, esquecendo-me que estava perante um rei, disse-lhe:
– Ajuda a sereia, depressa.
Ele deu-lhe um pó mágico e ela ficou bem num instante.
– Como recompensa por teres ajudado a sereia vais à nossa cidade, a Atlântida – disse Neptuno.
– Mas como vou lá se a cidade fica debaixo de água?! – questionei surpreendido.
– Nós temos aqui um líquido que contém micróbios que te ajudarão a respirar – disse ele.
Quando lá cheguei, vi que a cidade era muito bonita e que a água era límpida.
Assim que cheguei a casa, contei à minha mãe a maravilhosa aventura que tinha vivido e como tinha ficado amigo de todos os habitantes da Atlântida: a sereia, o Neptuno, o polvo, o caranguejo, o peixe…
Quando se ajuda alguém recebe-se uma recompensa.
Miguel Amorim, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
A Sereia
Naquela manhã de Domingo, estava eu na praia, sentada numa rocha, quando, de repente, vi uma sereia a vir para a costa e perguntei-lhe:
– O que aconteceu? O que aconteceu?
– A raia – disse a sereia – bateu-me.
– Mas porquê? – perguntei com medo do que podia vir a seguir.
– Ela diz que eu não paro de dançar, e não gosta das minhas danças.
Desesperada, pediu-me que a ajudasse e eu respondi:
– Como é que te posso ajudar? – disse eu atormentada com o que se passava.
– Chama a gaivota com este apito, ela tem a cura.
Então eu peguei no apito e comecei a soprar, parecia que estava a gritar para uma panela.
– O que é que aconteceu? – perguntou a gaivota atrapalhada.
– A raia bateu à sereia, porque ela só sabia dançar.
– Ainda bem que vim prevenida – disse a gaivota.
E assim a sereia bebeu o filtro que continha algas mágicas e várias espécies de nenúfares. Depois de ter bebido o filtro agradeceu-me por a ter ajudado a chamar a gaivota.
Com isto a sereia percebeu que os humanos eram tão amigos como os peixes.
– O que aconteceu? O que aconteceu?
– A raia – disse a sereia – bateu-me.
– Mas porquê? – perguntei com medo do que podia vir a seguir.
– Ela diz que eu não paro de dançar, e não gosta das minhas danças.
Desesperada, pediu-me que a ajudasse e eu respondi:
– Como é que te posso ajudar? – disse eu atormentada com o que se passava.
– Chama a gaivota com este apito, ela tem a cura.
Então eu peguei no apito e comecei a soprar, parecia que estava a gritar para uma panela.
– O que é que aconteceu? – perguntou a gaivota atrapalhada.
– A raia bateu à sereia, porque ela só sabia dançar.
– Ainda bem que vim prevenida – disse a gaivota.
E assim a sereia bebeu o filtro que continha algas mágicas e várias espécies de nenúfares. Depois de ter bebido o filtro agradeceu-me por a ter ajudado a chamar a gaivota.
Com isto a sereia percebeu que os humanos eram tão amigos como os peixes.
Sofia Alves, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
Uma pérola na minha vida
Estava eu na praia, sentado, a olhar o mar e as suas belas ondas, quando de repente uma sereia apareceu.
– Estás ferida?! – perguntei eu preocupado.
A sereia só acenava com a cabeça, mas uma forte dor de cabeça levou-a a contar.
– Ah! Sim, estou ferida – dizia ela.
– O que é que tens? – perguntei.
– Vêm aí quatro caçadores de sereias – disse a sereia. – Eles cortaram-me um bocadinho da cauda. Leva-me para um local seguro.
E assim fiz; levei-a para a banheira do meu quarto. Certo dia, a sereia lembrou-se que, quando os caçadores a perseguiam, deixou cair o medalhão do rei Neptuno.
– Não te preocupes – dizia eu –, o meu tio “Di” tem um submarino que é como um rochedo de uma cordilheira.
– Submarino?! O que é isso? – perguntou ela espantada.
– É uma máquina que pode ir até ao fundo do mar – expliquei eu.
– Vamos lá então! – exclamou ela.
Nós recuperámos o medalhão, mas quando eu toquei nele aconteceu uma coisa terrível e inesperada… a sereia morreu. Antes de dar o último suspiro, ainda conseguiu sussurrar as seguintes palavras: “Dou-te esta pérola que será a tua lembrança de mim.”
Nós perdemos várias pessoas ao longo da vida, e a sua perda constitui sempre para nós uma enorme dor, mas é então que nos apercebemos o quanto elas foram importantes para nós e nos marcaram.
– Estás ferida?! – perguntei eu preocupado.
A sereia só acenava com a cabeça, mas uma forte dor de cabeça levou-a a contar.
– Ah! Sim, estou ferida – dizia ela.
– O que é que tens? – perguntei.
– Vêm aí quatro caçadores de sereias – disse a sereia. – Eles cortaram-me um bocadinho da cauda. Leva-me para um local seguro.
E assim fiz; levei-a para a banheira do meu quarto. Certo dia, a sereia lembrou-se que, quando os caçadores a perseguiam, deixou cair o medalhão do rei Neptuno.
– Não te preocupes – dizia eu –, o meu tio “Di” tem um submarino que é como um rochedo de uma cordilheira.
– Submarino?! O que é isso? – perguntou ela espantada.
– É uma máquina que pode ir até ao fundo do mar – expliquei eu.
– Vamos lá então! – exclamou ela.
Nós recuperámos o medalhão, mas quando eu toquei nele aconteceu uma coisa terrível e inesperada… a sereia morreu. Antes de dar o último suspiro, ainda conseguiu sussurrar as seguintes palavras: “Dou-te esta pérola que será a tua lembrança de mim.”
Nós perdemos várias pessoas ao longo da vida, e a sua perda constitui sempre para nós uma enorme dor, mas é então que nos apercebemos o quanto elas foram importantes para nós e nos marcaram.
João Fão, 5.º B (E.B. Vila Praia de Âncora)
Subscrever:
Mensagens (Atom)