terça-feira, 24 de maio de 2011

O Pescador [da Sofia]

O dia estava chuvoso, a maré estava cheia e o mar muito agitado. O pescador estava à beira da estátua, quase a ser levado pelas ondas e a ser devorado pelo mar. Estaria ele a imaginar o “maravilhoso” dia em que encontrara a sereia? Não, a resposta é não. Tinham-se passado alguns anos, a jovem sereia deixara de aparecer e esse primeiro encontro perdia-se agora no tempo.
O pescador começara a tirar os sapatos para sentir a areia nos dedos. Ao sentir a areia derramou-se uma lágrima que escorreu pelo seu rosto, pois o “pobre” pescador havia perdido a sua maior riqueza.
O vento uivava com força, levando-lhe a lágrima para o mar. A lágrima caiu e misturou-se nas ondas… a vida do pescador já não fazia sentido.
A solidão e a tristeza consumiram cada vez mais o seu coração, e, por mais estranho que pareça, até a estátua começou a chorar.
Será que foi por causa da lágrima ter caído no mar?

Sofia Alves, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

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