quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Pescador [da Marisa]

O pescador continuou a dirigir-se à praia, dia após dia, na esperança de que a sereia voltasse a aparecer. Por vezes ficava ali sentado durante horas...
À volta do pescador havia muita areia, o mar e as dunas solitárias. O vento arrastava suavemente a fina, clara e quente areia amarela. O mar estava calmo e as ondas, pequeníssimas como formigas, espreguiçavam-se vagarosamente. O areal era tão extenso que parecia um deserto sem fim. A tristeza tinha-se apoderado do pobre pescador. Pobre no sentido de tristeza na vida... As rochas eram escarpadas e duras.
Havia também muitas conchas, animais nas dunas, pedrinhas minúsculas. O mar solitário e infeliz segredava às gaivotas brancas, baixinho. A brisa era tão fina que só se sentia um arzinho fresco.

Marisa Esteves, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Pescador [do João]

Lá estava o pescador, na praia, à espera da sereia, a recordar o dia em que a conheceu.
Estava uma tarde radiante, as ondas batiam na areia seca e uma brisa fresca era a cereja no topo do bolo daquele dia. As dunas mostravam a sua importância.
O pescador olhava em seu redor, tentando ver sinais da sereia, algures, e pensando de modo confiante: “É desta que irei ver a sereia”.
E ali ficou, sentado, durante horas, sem comer nem beber, olhando permanentemente para o mar. O cheiro a sargaço empestava a praia, mas o pescador não queria saber, fixava o mar como se fosse o fim do mundo.
E assim ficou toda a sua vida.

João Fão, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Pescador [do Ulisses]

Um dia lá estava o pescador na praia, esperando pela sua amada.
As ondas despertavam-lhe uma terrível tristeza, porque o mar estava feroz e malvadíssimo como no dia em que conheceu a sereia.
A areia estava movediça, como que empapada, e o vento, nem se chamava vento, era mais a suave brisa.
Mas, calmamente, lá estava ele à espera da sereia e, a certa altura, começou a pensar para com os seus botões: “Será que ela voltará? Ou eu estarei aqui em vão”.
E nesse momento decidiu levantar-
-se e ir-se embora, mas no dia seguinte ele regressou de novo, fixando o olhar no mar, e continuou a esperar, assim, sucessivamente, até ao fim dos seus dias…

Ulisses Araújo, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Praia Inesquecível [da Cristiana]

Um dia o pescador estava sentado na rocha onde encontrara aquela atraente sereia. Ele recordava aqueles momentos tão curtos, mas tão fascinantes. Ele pensava: «Ai, que bons momentos!». Olhava para o mar azul e ainda via a sereia a nadar graciosamente, naquelas águas reluzentes. Nos dias mais ventosos ele via a sua imagem feita por grãos de areia no ar. O pescador não sentia saudades dela porque tinha aquelas boas recordações, mas sentia uma certa angústia por nunca se ter declarado à sereia.
Aquela praia era realmente especial. Trazia-lhe emoções fortes todos os dias. Por isso todos os dias, à mesma hora, lá estava ele a contemplar aquela praia maravilhosa. Repleta de rochas, de cor, de brilho, de vida! A praia que ele nunca irá esquecer…

Cristiana Lima, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

sábado, 9 de abril de 2011

O Pescador [do José Araújo]

O pescador sentou-se numa rocha, olhou para o mar e viu a espuma que lá havia, o azul reflectido do céu e pequenos desenhos feitos pelo sol incidindo na água. Ao seu lado esquerdo viu duas palmeiras em forma de escada e alguns miúdos a tentar subi-las, mas caíam sempre. Ao seu lado direito tinha um bar cheio de gente amontoada a tentar comprar gelados, pois estava muito calor. Ouviu o chilrear dos pássaros e as ondas a desembrulharem-se sobre a areia. N ão havia quase vento nenhum. Olhou para trás, viu um casal muito feliz a namorar e vieram-lhe as lágrimas aos olhos, sentiu que não era nada naquele mundo. Olhou para o relógio e reparou que já eram quatro e meia da tarde, já estava ali há mais de seis horas. Levantou-se calmamente, enfiou as mãos nos bolsos e foi-se embora, sabendo que voltaria de novo no dia seguinte, e depois… e depois…

José Araújo, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Pescador [do Jorge]

O pescador, quando chegou à praia, viu que o mar estava agitado.
O vento suave e fresco batia-
-lhe na cara e a areia macia estava a escaldar.
O pescador pensou no primeiro dia em que conheceu a sereia: a aflição que sentiu quando a ouviu e viu, a sua voz calma e delicada, e viu-a tão redondinha, ficou apaixonado…
Mas quando a sereia não estava, o pescador sentia uma solidão e uma amargura imensa que acabava aos poucos com a vida do pescador… Lembrava-se bem de quando ela vinha cumprir a sua promessa… era uma alegria enorme.
A maneira como a sereia o tratava era parecida com a forma como os pais o tratavam quando ele era pequenino.
Sentia-se feliz apenas com esta recordação. Não havia ninguém como a sereia…

Jorge Moinho, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Pescador [da Ana]

O pescador, como era habitual, voltou à praia na esperança de ver a encantadora sereia. Quando lá chegou sentou-se na areia à espera do momento mais feliz da sua vida. O ambiente era calmo, a praia estava deserta. Enquanto ali esperava ia relembrando o momento em que encontrou a sereia, quando a ajudou. E mais importante ainda, os dias em que ia ter com ela, não só para receber a recompensa, mas também para a ver.
O pescador tocava na areia muito suavemente como se fosse a pele da sereia. Depois de ali estar muito tempo ansioso por encontrar a sereia, acabou por desistir, pois ela nunca mais chegava, e muito tristemente foi para casa no meio da escuridão. E a partir daí a vida do pescador nunca mais foi a mesma, passou a ser um desespero, pois a sereia era o seu grande amor.

Ana Cláudia, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

O Pescador [da Beatriz]

O pescador voltou à praia… Estava um pouco de vento e a areia batia nos seus pés.
O pescador sentou-se na areia à espera da maravilhosa e magnífica sereia, mas ela não dava sinal de vida. Ele começou a pensar que talvez se tivesse magoado numa rocha. Ele olhava para o mar, mas… nada. Uma lágrima derramou-se pelo olho e caiu na areia, e o pobre pescador pensou: “Eu nunca mais irei ver a bela sereia…”
– Posso correr o mundo todo, que nunca mais a encontrarei! – disse o pescador, muito desanimado.
O ambiente estava péssimo, não havia lá ninguém sem ser o pobre pescador.
E derramou-se mais uma lágrima do outro olho que caiu na areia amarelada…

Beatriz Caçador, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

Bolas de Sabão

Bolas de sabão,
Redondas e límpidas,
Macias como algodão,
Perfumadas como flores.

Bolas de sabão,
Redondas, bolas perfeitas,
Com reflexo
E transparência, como águas abertas.

Bolas de sabão,
Lindas como princesas,
Voam pelos ares,
Brinco com elas.

Bolas de sabão,
De diferentes tamanhos,
São as minhas companhias,
Nos meus banhos.

Bolas de sabão,
Frescas como orvalho,
Que no bosque,
Rebentam no carvalho.

Marisa Esteves, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Um Olho

Um olho,
Uma emoção,
A pobreza e a ilusão.

A lágrima a correr,
Sem parar, para amar…
O que pode acontecer
Se ela não puder alcançar?

Se o mundo acabar,
Ela não vai poder passar
Para ver aquele coitado
Que ali está a cantar.

A lágrima é uma sensação estupenda,
Liberta os nossos sentimentos,
A lágrima faz parte da nossa vida…

Toda a gente chora,
Toda a gente sorri,
Mas só uma pessoa é como eu,
És tu!!!

Johanna Santos, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Trocas e Baldrocas

Autor: António Mota
Editora: Gailivro


Se gostas de aprender mais, aconselho-te a leres este livro.
Este livro fala-nos de um gato vadio que comia tudo o que encontrava. Umas vezes andava de barriga cheia. Outras com ela a chocalhar. Dormia onde calhava, umas vezes dormia abrigado e outras à chuva.
Em certos dias tinha amigos para conversar, noutros andava sozinho e aborrecido com o peso da solidão.
Uma vez encontrou uma vaca malhada que estava a rapar uns bocados de erva que encontrara num prado. A vaca fartava-se de olhar para o céu e não parava de mugir. Era um mugido muito triste, era tão triste que arranhava o coração.
A vaca estava a mugir assim porque o dono dela vendera a sua filha a um comerciante de gado.
Pensava o gato nestas coisas que acontecem no mundo quando uma raposa nova, que por ali andava à procura de comida, se aproximou para falar com o gato.
Mas para saberes o resto desta linda história vais ter de ler o livro, e vais ver que vais gostar.

Johanna Santos, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

A Lágrima

Só, sem ninguém
ao meu redor…
senti uma forte dor
no coração.

Abri os olhos
e derramou-se
uma lágrima do olho,
plim, plim…

A lágrima caiu
ao chão…

Beatriz Caçador, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

O tempo

O meu tempo está perto do fim
Já vivi muitos séculos
Vi a modernização da ciência
Vi o passado, o presente e o futuro.

Neste mundo já não precisam de mim
A minha missão está cumprida,
Eu abri as portas dos sonhos
E as pessoas estão a adorar.

José Diogo, 6.º B
(E.B. de Vila Praia de Âncora)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rosa que chora

Tenho esta rosa
Para te dar…
É milagrosa
E está a chorar.

Ela lê livros
E tenta amar,
Mas precisa de ti
Para a consolar.

Vejo-a chorando
Lágrimas de sangue…
Está entristecendo,
Vem antes que se zangue.

Diogo Brás, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Paisagem

Como a natureza é bonita, espectacular, fascinante… não há coisa melhor que isto. Reparem só nas coisas que a natureza nos dá.
Da minha varanda olho em redor e vejo muitas coisas que o mundo nos oferece. À minha frente vejo as eólicas rolando lentamente e as montanhas metade vestidas e a outra metade despidas. Também reparo numa grua a transportar materiais de construção civil para os trabalhadores que estão a começar a construir um edifício. Do meu lado direito existem duas casas. Uma desabitada e a outra que se encontra habitada, como a minha. E do lado esquerdo há uma casa com dois andares.
Olhando para o céu vejo pássaros que, quando passam em bandos, formam vários desenhos que vistos da terra parecem reais.
Não há coisa melhor que sentir a brisa do ar com o cheiro perfumado das flores, plantas, árvores, e certas ervas aromáticas. E também o chilrear dos pássaros, o cantar das rolas, o cacarejar das galinhas, etc. Todas estas coisas eu posso apreciar da minha varanda. São estas as vantagens que se tem ao morar no campo, como eu.

Jorge Moinho, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Amizade

Quando se tem um amigo,
Um amigo de verdade,
Todos os seus problemas
Passam a ser teus também.

Se ele sorrir,
Tu também sorris.

Amigos que ficam,
Não vão embora.

Mesmo se há distância,
A amizade nunca acaba.

Jorge Moinho, 6.º B
(E.B. de Vila Praia de Âncora)