quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Pescador [da Marisa]

O pescador continuou a dirigir-se à praia, dia após dia, na esperança de que a sereia voltasse a aparecer. Por vezes ficava ali sentado durante horas...
À volta do pescador havia muita areia, o mar e as dunas solitárias. O vento arrastava suavemente a fina, clara e quente areia amarela. O mar estava calmo e as ondas, pequeníssimas como formigas, espreguiçavam-se vagarosamente. O areal era tão extenso que parecia um deserto sem fim. A tristeza tinha-se apoderado do pobre pescador. Pobre no sentido de tristeza na vida... As rochas eram escarpadas e duras.
Havia também muitas conchas, animais nas dunas, pedrinhas minúsculas. O mar solitário e infeliz segredava às gaivotas brancas, baixinho. A brisa era tão fina que só se sentia um arzinho fresco.

Marisa Esteves, 6.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

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