Eis o discurso proferido, em jeito de texto dramático:
Ulisses
– Cidadãos!
Na madrugada de 4 de Outubro de 1910 rebentou em Lisboa um movimento revolucionário que resultou na proclamação da República em Portugal. Os republicanos reuniram-se no Rossio, no centro de Lisboa, e concentraram depois as suas forças na Rotunda, no alto da Avenida da Liberdade, onde se prepararam para enfrentar as forças armadas adeptas da Monarquia. Após um dia de confrontos armados, os republicanos venceram e, ontem, dia 5 de Outubro, o ilustríssimo José Relvas proclamou solenemente um novo regime político, a República, numa varanda da Câmara Municipal de Lisboa, debaixo dos aplausos de uma imensa multidão.
D. Manuel II e a rainha-mãe, D. Amélia, retiraram-se para Mafra, onde receberam a notícia da proclamação da República e da constituição do governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. A revolução republicana triunfou. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira e embarcou para Gibraltar, onde um barco de guerra inglês os transportou até ao exílio, em Inglaterra. A partir de agora não queremos mais nenhum Rei! Queremos poder escolher livremente o nosso Presidente, pela sua qualidade e pelas suas capacidades de governação.
Entra um monárquico que, de uma forma provocatória, ergue uma bandeira da Monarquia. A população apreende a bandeira e entrega-a aos discursantes.
Eduardo (mostrando a bandeira)
– Esta é a bandeira da Monarquia. Jamais voltará a ser a bandeira do nosso país! (Atira a bandeira para o chão, provocando o êxtase da população.) Abaixo a Monarquia! Viva a República!
A População repete, agitando bandeiras republicanas:
– Abaixo a Monarquia! Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Ulisses
– Aguarda-nos uma vida nova. Várias medidas estão a ser preparadas em Lisboa. Os símbolos da nossa gloriosa Pátria serão mudados: teremos uma nova bandeira, uma nova moeda (o escudo) e um novo hino nacional (“A Portuguesa”).
A população grita, enquanto agita as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Eduardo
– Prepararemos uma nova Constituição que garanta novos direitos e novas liberdades:
..... A educação é uma das nossas prioridades e, por isso, o ensino primário será obrigatório e gratuito;
..... Passará a existir liberdade religiosa;
..... O divórcio será permitido;
..... Haverá liberdade de imprensa;
A população grita, enquanto agita as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Eduardo
..... Os trabalhadores terão direito à greve;
..... Passará a haver um dia de descanso semanal e cada trabalhador fará apenas oito horas de trabalho diário;
Ulisses
– A revolução está a decorrer em todo o País e, sem resistência, a República tem sido proclamada em todos os concelhos. Decidimos, por isso, associarmo-nos ao movimento revolucionário e proclamar, também aqui, em Vila Praia de Âncora, a implantação da República. Içaremos agora a bandeira do novo regime republicano.
Enquanto é içada a bandeira, a população grita entusiasticamente, agitando as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
– Cidadãos!
Na madrugada de 4 de Outubro de 1910 rebentou em Lisboa um movimento revolucionário que resultou na proclamação da República em Portugal. Os republicanos reuniram-se no Rossio, no centro de Lisboa, e concentraram depois as suas forças na Rotunda, no alto da Avenida da Liberdade, onde se prepararam para enfrentar as forças armadas adeptas da Monarquia. Após um dia de confrontos armados, os republicanos venceram e, ontem, dia 5 de Outubro, o ilustríssimo José Relvas proclamou solenemente um novo regime político, a República, numa varanda da Câmara Municipal de Lisboa, debaixo dos aplausos de uma imensa multidão.
D. Manuel II e a rainha-mãe, D. Amélia, retiraram-se para Mafra, onde receberam a notícia da proclamação da República e da constituição do governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. A revolução republicana triunfou. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira e embarcou para Gibraltar, onde um barco de guerra inglês os transportou até ao exílio, em Inglaterra. A partir de agora não queremos mais nenhum Rei! Queremos poder escolher livremente o nosso Presidente, pela sua qualidade e pelas suas capacidades de governação.
Entra um monárquico que, de uma forma provocatória, ergue uma bandeira da Monarquia. A população apreende a bandeira e entrega-a aos discursantes.
Eduardo (mostrando a bandeira)
– Esta é a bandeira da Monarquia. Jamais voltará a ser a bandeira do nosso país! (Atira a bandeira para o chão, provocando o êxtase da população.) Abaixo a Monarquia! Viva a República!
A População repete, agitando bandeiras republicanas:
– Abaixo a Monarquia! Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Ulisses
– Aguarda-nos uma vida nova. Várias medidas estão a ser preparadas em Lisboa. Os símbolos da nossa gloriosa Pátria serão mudados: teremos uma nova bandeira, uma nova moeda (o escudo) e um novo hino nacional (“A Portuguesa”).
A população grita, enquanto agita as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Eduardo
– Prepararemos uma nova Constituição que garanta novos direitos e novas liberdades:
..... A educação é uma das nossas prioridades e, por isso, o ensino primário será obrigatório e gratuito;
..... Passará a existir liberdade religiosa;
..... O divórcio será permitido;
..... Haverá liberdade de imprensa;
A população grita, enquanto agita as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
Eduardo
..... Os trabalhadores terão direito à greve;
..... Passará a haver um dia de descanso semanal e cada trabalhador fará apenas oito horas de trabalho diário;
Ulisses
– A revolução está a decorrer em todo o País e, sem resistência, a República tem sido proclamada em todos os concelhos. Decidimos, por isso, associarmo-nos ao movimento revolucionário e proclamar, também aqui, em Vila Praia de Âncora, a implantação da República. Içaremos agora a bandeira do novo regime republicano.
Enquanto é içada a bandeira, a população grita entusiasticamente, agitando as bandeiras republicanas:
– Viva a República! Viva a República! Viva a República!
está muito bem pensado e organisado.
ResponderEliminargostei muito.
Que pena eu tenho de não ter assistido! Espero que a vossa geração não deixe cair a bandeira e lute sempre pelos direitos e pela liberdade que merecem! Parabéns a todos!
ResponderEliminarObrigada professora. A nossa turma também tem saudades suas. Espero que um dia possa vir visitar-nos!!!!
ResponderEliminarFico muito contente em saber que a professora Vera Esceleira continua a visitar e comentar o blogue da nossa ilustre turma. Um beijo da Cristiana cheio de saudade e felicidade.
ResponderEliminarEspero que continue a comentar no nosso blog.
ResponderEliminarIsso significa muito para nos.
Obrigada.
Obrigado professora por comentar o nosso blog.
ResponderEliminarUm abraço