quarta-feira, 23 de junho de 2010

As ondas do mar

Quem me dera ser
uma onda do mar
e ter liberdade infinita,
nadar por onde quiser,
bater nas rochas,
nas duras rochas,
até ao fim do tempo...

Mas essas rochas, duras,
são elas que me fazem voltar
para o amor e ternura
do meu pai, o mar.

Ulisses Araújo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

5 comentários:

  1. Está fantástico Ulisses.

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  2. o professore e nao Põem o meu poema

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  3. e ulisses bom poema esta parte nao percebo Mas essas rochas, duras,
    são elas que me fazem voltar

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  4. Quanto à parte que tu não percebeste do poema do Ulisses, eu interpreto-a assim: O Ulisses queria "ser uma onda do mar e ter liberdade infinita", mas, com tanta liberdade ("nadar por onde quiser"), o Ulisses acabaria por cometer erros ("bater muitas vezes com a cabeça na parede", como se costuma dizer), ideia representada pela imagem "bater nas rochas, nas duras rochas, até ao fim do tempo...". "Essas rochas, duras," (ou seja, esses erros e essas "cabeçadas") são o que o "fazem voltar para o amor e ternura do seu pai", ou seja, da sua família (pois é a família que nos apoia sempre que cometemos erros e "damos cabeçadas na vida"). A comparação do pai ao mar é lógica, porque se o Ulisses fosse uma onda o seu pai seria o mar. É mais uma imagem brilhante. Não sei se tens a mesma leitura do poema, ou sequer se o Ulisses tem esta leitura. Cada um interpreta o poema de acordo com as suas vivências e o seu coração... Isso é uma das boas características da poesia. Aliás, deixo aqui a pergunta em jeito de desafio: alguém tem uma interpretação diferente que queira partilhar connosco?

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