quarta-feira, 23 de junho de 2010

As ondas do mar

Quem me dera ser
uma onda do mar
e ter liberdade infinita,
nadar por onde quiser,
bater nas rochas,
nas duras rochas,
até ao fim do tempo...

Mas essas rochas, duras,
são elas que me fazem voltar
para o amor e ternura
do meu pai, o mar.

Ulisses Araújo, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

domingo, 20 de junho de 2010

Bichos e Bicharocos

Conhecem estes animais? Não?! Querem conhecer? Então cliquem aqui ou sobre cada uma das imagens.





O sorriso da minha mãe

Quando eu nasci
a minha mãe sorriu,
pegou em mim com muito amor
e ficou com calor.
O calor do sorriso
é como um feitiço
lançado pelo amor.

O sorriso é uma arte
que se reparte
com toda a gente.
Não aparece de repente,
mas está sempre na nossa mente.

João Fão, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)
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Como vêem, o poema do João é muito bonito e profundo. Os dois primeiros versos são uma pérola e a primeira estrofe pedia para ser escrita há muito tempo... O João fez-lhe a vontade. E fez bem! Parabéns João!
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sabias que as tapeçarias...?

Sabias que as tapeçarias que viste no Paço dos Duques, em Guimarães, são cópias?
Lembras-te das monumentais tapeçarias que viste em Guimarães, no Paço dos Duques? Pois bem, não são as originais! Na realidade, são cópias feitas na década de 1930, no tempo de Salazar. As verdadeiras Tapeçarias de Pastrana (assim são conhecidas), que representam as conquistas portuguesas no Norte de África (“O Desembarque em Arzila”, “O Cerco de Arzila”, “O Assalto a Arzila” e “A Tomada de Tânger”), realizadas no século XV por encomenda do rei português D. Afonso V (O Africano), foram parar a Espanha, misteriosamente, no século XVI, e hoje pertencem à Colegiada de Pastrana, em Guadalajara (Espanha).
A boa notícia é que as tapeçarias originais foram recentemente restauradas na Bélgica e estão a ser exibidas em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga, até 12 de Setembro de 2010.
Depois prevê-se que sejam expostas em Toledo e em Madrid. Há ainda a intenção de as levar a Nova Iorque, para serem mostradas no Metropolitan Museum, e abre-se agora a hipótese de serem exibidas em Guimarães, em 2012, quando a cidade for Capital Europeia da Cultura. Se isso acontecer, já tens um óptimo pretexto para voltar a Guimarães...

domingo, 13 de junho de 2010

Sabias que D. Leonor Teles...?

Sabias que D. Leonor Teles de Meneses, antes de casar com o rei D. Fernando, já tinha sido casada com João Lourenço da Cunha, de quem teve um filho chamado Álvaro da Cunha?
A sua irmã, Maria Teles, era aia da infanta D. Beatriz, filha de D. Pedro I e de Inês de Castro, e conta-se que, numa altura em que visitou essa sua irmã, terá seduzido o rei D. Fernando.
O Rei, apaixonado, conseguiu obter a anulação do 1.º casamento de D. Leonor Teles (alegando consanguinidade entre os cônjuges), de forma a poder casar com ela. O povo português reprovou essa atitude do monarca, nunca concordou com este casamento (até porque D. Fernando tinha o seu casamento tratado com uma outra D. Leonor, filha do rei de Castela) e passou a olhar com desconfiança para D. Leonor Teles. Houve uma pequena revolta em Lisboa, que o rei reprimiu com violência, e D. Fernando acabou por casar com D. Leonor Teles no Mosteiro de Leça do Balio (um pouco a norte de Porto), em 15 de Maio de 1372.
D. Leonor Teles viria a falecer em Tordesilhas (Castela), em 27 de Abril de 1386.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Lua e o Homem

O Homem um dia foi à Lua, mas como a Lua estava a chorar o Homem tentou acalmá-la com uma canção, com um canto...
No dia seguinte, quando ele lá voltou, a Lua continuava a chorar e o Homem perguntou-lhe:
– Porque é que estás a chorar?
– Eu estou a chorar porque não paro de ter pesadelos.
– Pesadelos de quê?
– Pesadelos de que vou cair na Terra.
A Lua continuava a chorar, a chorar e a chorar. O Homem estava tão emocionado com a Lua que até foi ver as suas crateras e quando se foi embora para casa, no seu foguetão, lembrou-se de lhe escrever uma carta de amor.
E a partir dessa noite a Lua começou a ter sonhos felizes.

Luís Ferreira, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora) [inspirado na obra Quando o Homem Beijou a Lua, de José Jorge Letria].

Se a Rita fosse da nobreza e vivesse na Idade Média

Se eu fosse da nobreza teria um castelo muito grande. Teria muitas terras onde o povo trabalharia e depois tinham de me pagar uma renda por lá trabalharem.
Teria muitas roupas e jóias e, quando houvesse alguma festa, iria com as minhas melhores roupas e jóias. Em minha casa haveria uma mesa desdobrável para levar para as minhas outras casas. A divisão mais importante da casa era o salão. A casa podia ter pouco mobiliário, mas era suficiente.
Teria uma vida privilegiada. Praticava actividades físicas e militares. Andaria a cavalo e seria o braço direito do rei. Também gostaria de não apanhar a Peste Negra. O meu castelo teria todos os espaços e compartimentos necessários: a cozinha, os quartos, a quinta, a horta, a cave, um hospital, um sítio espaçoso onde o povo pudesse trabalhar, um lago, um esgoto, o salão, as torres de vigia e até quartos de banho (não era hábito nessa altura, mas eu teria quartos de banho no meu castelo!). Haveria ainda uma biblioteca, uma igreja, um lugar para guardar as armas, uma prisão e um lugar por onde eu pudesse fugir se o exército inimigo conseguisse entrar no meu castelo.
O meu divertimento preferido seria ver justas. Teria muitos animais e quando eu quisesse ir à cidade iria a cavalo.

Rita Guimarães, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Se o Gilberto vivesse na Idade Média

Eu na Idade Média era um nobre que vivia numa aldeia e fazia os serviços que o rei mandava. Eu servia o rei de Portugal na guerra, combatendo os inimigos. Nos combates que travei perdi alguns grandes amigos. No entanto, quando ganhávamos as batalhas fazíamos uma grande festa.
Nessa época também se faziam torneios e, por vezes, divertia-me nas festas do nosso povo. De tempos a tempos, o rei dava festas no seu palácio, com a rainha e a sua família, em que nada faltava.
Nos meus tempos livres gostava de jogar xadrez. A minha família era muito grande e era muito feliz, sobretudo quando não havia guerra.

Gilberto Alves, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

A Sereia do Gilberto

Um dia, enquanto passeava na praia, ouvi alguém a gritar e corri apressadamente nessa direcção. Quando lá cheguei fiquei espantado ao ver uma sereia. Ela estava aleijada e eu levei-a para minha casa. Pelo caminho ela contou-me a sua vida.
Falou-me de um tubarão que comia tudo: pessoas, sereias e animais. Disse que foi atacada por esse mesmo tubarão. E eu fui para o meu barco e remei até que o vi ao longe. Ele aproximou-se muito depressa e ia atacar-me. Fugi rapidamente, a bordo do meu barco, e fui falar com uns pescadores que por ali andavam a lançar as redes. Unimo-nos, cercámos o tubarão e apanhámo-lo.
As sereias disseram “muito obrigado” e os pescadores admiraram-se todos, menos eu…

Gilberto Alves, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Feira Medieval em Viana do Castelo

A Feira Medieval já começou nas principais ruas e praças da cidade.
Hoje, quem se dirigiu ao centro histórico de Viana do Castelo já pôde visitar a feira e assistir a espectáculos de teatro, música, dança e saltimbancos. Nos próximos três dias (11 a 13), durante todo o dia, no centro histórico da cidade, continuará a decorrer a Feira Medieval, com artesanato, reconstituições históricas, demonstração de falcoaria, produtos agrícolas, teatro de marionetas, ladainhas, malabarismo, música, danças medievais, cuspidores de fogo, jogos medievais, mezinhas e chás.
Na noite do dia 11, pelas 22.00 horas, terá lugar no salão nobre da Câmara Municipal um concerto do Grupo de Câmara de Esposende e no dia 12 de Junho, pelas 20.00 horas, também integrado na feira, decorrerá nos claustros da Igreja de S. Domingos um Festim Medieval (sujeito a inscrição prévia).

domingo, 6 de junho de 2010

Sabias que Bartolomeu Dias...?

- Bartolomeu Dias era português e foi o primeiro europeu a passar o Cabo das Tormentas (depois chamado Cabo da Boa Esperança), chegando ao oceano Índico a partir do Atlântico?

- Segundo Luís de Camões, o Gigante Adamastor, enfurecido pelo atrevimento dos portugueses, prometeu vingar-se de Bartolomeu Dias.

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Aqui espero tomar, se não me engano,
De quem me descobriu suma vingança.
E não se acabará só nisto o dano
De vossa pertinace confiança:
Antes, em vossas naus verei, cada ano,
Se é verdade o que meu juízo alcança,
Naufrágios, perdições de toda sorte,
Que o menor mal de todos seja a morte!

Luís Camões, Lusíadas

- Bartolomeu Dias acabou mesmo por naufragar e morrer junto ao Cabo das Tormentas, em 29 de Maio de 1500, quando integrava a armada de Pedro Álvares Cabral que descobriu o Brasil e que, depois, se dirigiu para a Índia.

sábado, 5 de junho de 2010

Sugestões de Leitura

Tal como vos havia dito há uns meses atrás, com o blog também pretendia que fizessem sugestões de leitura uns aos outros a partir de pequenos resumos de livros que tivessem lido. Contudo, o tempo não dá para tudo... Poderão, ainda assim, consultar as propostas de leitura dos vossos colegas do 5.º A. Quem sabe se não encontrarão lá uma boa sugestão para a vossa próxima leitura.
Deixo-vos aqui as capas de alguns dos livros sugeridos no blogue do 5.º A.

Quem quiser ler os resumos e as opiniões dos colegas deve clicar aqui ou então sobre cada uma das capas que despertarem o vosso interesse.
Boas leituras.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Ceia dos Druídas

Vamos ter um grande espectáculo, no dia 12, às 21.30, e no dia 13, às 16.00, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, com a participação dos nossos Sabichões Marisa, Cristiana e Eduardo.

Sabichões, pais e amigos... estão todos convidados.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A visita do Homem à Lua

O Homem quando aterrou de foguetão na Lua trouxe corações vermelhos e beijos brilhantes como as estrelas.
Os dois divertiram-se muito. O Homem explorou as crateras e planícies da Lua. Ela observou-o com atenção, mas quando o Homem teve de se ir embora a Lua ficou tão triste como uma criança, sozinha, no meio da rua…
O cosmonauta, curioso e apaixonado, também sentiu pena de não poder ficar mais tempo, por causa de não faltar o oxigénio.
Mas a Lua adormeceu e sonhou com uma linda carta de amor.

Rui Miranda, 5.º B
(E.B. de Vila Praia de Âncora)
[inspirado na obra Quando o Homem Beijou a Lua, de José Jorge Letria].

Balada da Neve

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente,
e a chuva não bate assim...

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho.

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza...
e cai no meu coração.
GIL, Augusto, Luar de Janeiro, Portugália Editora.

Porque hoje é o Dia da Criança e porque ainda há crianças que "padecem assim"...
E para que hoje cada um de vós possa ler este poema aos vossos pais, despertando-lhes uma certa nostalgia...